sábado, 6 de junho de 2015

Under a Full Moon Madness

Esta noite sinto-me só.
Apetecem-me os ares noturnos do monte. 
A brisa fresca a banhar-me a cara destapada. 
Apetece-me levar as mãos à boca, 
E, sobre ela, 
Formar com os dedos entrelaçados uma concha 
Apetece-me contrariar minha existência;
Soltar um uivo abafado e esperar pela resposta, 
De baixo de um luar poderoso... 
De um Céu maravilhoso...

Quando a resposta chegar, 
Longínqua ou não, 
Apetece-me romper pelo meio da densa vegetação 
Seguindo a resposta ao meu chamamento. 
Tornar-me Lobo e deveras ser um.

Apetece-me juntar-me a eles e enroscar-me num covil, 
Entre pêlos e respirações profundas... 
Conforto... 
Calor... 
E assim adormecer, tranquilamente, embalado pelo arfar da doce Natureza.

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